30 de agosto de 2013

Desconstruir o Homem

'' There's an old joke.  Two elderly women are at a Catskills mountain resort, and one of 'em says: "Boy, the food at this place is really terrible." The other one says, "Yeah, I know, and such small portions." Well, that's essentially how I feel about life.  Full of loneliness and misery and suffering and unhappiness, and it's all over much too quickly.  The other important joke for me is one that's, uh, usually attributed to Groucho Marx, but I think it appears originally in Freud's wit and its relation to the unconscious.  And it goes like this - I'm paraphrasing: Uh ... "I would never wanna belong to any club that would have someone like me for a member." That's the key joke of my adult life in terms of my relationships with women.  You know, lately the strangest things have been going through my mind, 'cause I turned forty, and I guess I'm going through a life crisis or something, I don't know. I, uh ... and I'm not worried about aging.  I'm not one o' those characters, you know. Although I'm balding slightly on top, that's about the worst you can say about me.  I, ... , I think I'm gonna get better as I get older, you know?  I think I'm gonna be the balding virile type, you know, as opposed to say the, uh, distinguished gray, for instance, you know?  'Less I'm neither o' those two. Unless I'm one o' those guys with saliva dribbling out of his mouth who wanders into a cafeteria with a shopping bag screaming about socialism […]''



E toda nova escrita que encontro trata de alguma maneira na construção do homem. Fórmulas milagrosas que definem onde o homem erra e presunçosamente o tentam solucionar – a busca de melhorias e a troca de informações são naturais e boas, mas a pergunta é inevitável: Pode o homem seguir uma fórmula mais geral? Seria possível um quase fluxograma pras atitudes a serem tomadas? É a arte com seu conseqüente modo de expressão efetivo, obrigatoriamente incumbida de aconselhar ou solucionar?

Blogs duvidosos ou machistas surgem freqüentemente com textos que são quase cartilhas de ação, pautadas numa experiência pessoal e que pouco fazem o leitor de fato refletir sobre sua condição, mas numa ânsia de melhora o incitam a agir - e assim agindo, obter um objetivo final geral e inevitável – enchendo mais ainda a mentalidade geral com preconceitos e estereótipos que mais as deprimem e as tornam mentirosas e dissimuladas (por nunca alcançá-los ou se adequarem).

13 sinais de que um menino se transformou em homem
Ou no Batman.
E talvez a vida seja mais complexa.

O verdadeiro estudo do homem e das maneiras que poderá melhorar está na crítica que se faz e na consciência da sua verdadeira condição. Alguns dos grandes gênios artísticos do século sinalizaram como o homem poderia agir não construindo um passo a passo vago sobre como ser um vitorioso, tornando-os derrotados/frustrados, mas pelo contrário, eles desconstruíram o homem com suas angústias e ânsias, o seu inconsciente e contexto, e assim sinalizaram de maneira genial que viver não é meramente executar um plano, mas se entender, se criticar e se tornar melhor conhecendo suas fraquezas, não apenas alegando força.

Deconstructing Harry
Woody Allen e Louis C.K. são exemplos humorísticos de ponta no que diz respeito a desconstrução da psique humana e social, principalmente masculina. Se colocando no papel do neurótico ou descrevendo a alienação capitalista que se dá através do consumo com exemplos rotineiros, eles de maneira delicada e genial fazem uma crítica a todo um lifestyle estabelecido e totalmente opressor - e de como lidamos mal com isso.

O homem feito e completo não se atinge, a caderneta do macho alfa pouco ajuda na vida e seus objetivos normalmente se mostram insuficientes.

O homem faz jus a sua condição quando se relaciona, e só numa relação é completo, em todos os sentidos, seja socialmente/amorosamente/economicamente. Se reconhecer como tal é viver e se desconstruir é melhorar. Rir de si mesmo e se permitir quase que um sarcasmo como modo de vida.

Muitos homens preferem não assumir suas falhas ou lotarem-se de clichês para ‘vencer’. Uma geração de vencedores previamente derrotados, já que os que serão efetivamente felizes vão preferir a humanidade à perfeição e na franqueza de suas relações e sinceridade para com seus objetivos, irão se encontrar.
  



Uma crítica quase tão efetiva quanto O Capital.
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