Que já não aceita mais a realidade
É sabiamente lasciva
Temor ao criar, parece desligar
Para sempre lacrada
Não sabe quando parar
Lentamente esfriando e agonizando
Sabe que perdeu e não quer continuar
Sobre desilusões dissertando
Traçou planos que seu corpo não lograra
Sadismo inerente ou apenas puerilidade
Já não se justifica de forma clara
Doente está e assim permanecerá
Não sabe quem realmente é
Sua desordem não deterá
Sabota sua única e fiel marionete
Não sabe o que realmente quer
Cultiva escuridões que reflete
Degusta nuances passageiras de felicidade
Para realçar o sabor da tristeza
Que já aceitou como verdade
Forçará seu hospedeiro a deitar
Sem nunca pregar os olhos
E silêncio irá adotar
Agrilhoará aquele que a sustenta
Para que seu corpo definhe
De forma vil, morte lenta
Emergirá rastejando dos restos cruentos
Tal como um verme que é
E então não existirão mais lamentos