alcançaram meus sentidos
mas não cheguei a lugar algum
apenas vivo
De braços cruzados
fingindo estar livre
meus olhos se irritaram
Estou cego na cidade
fantasma da solidão
o sangue azedou com o tempo
com uma dor alojada no peito
deserto
disperso na multidão
de fantasmas na solidão
Lançando moedas aos mendigos
que estão apodrecendo na cidade
decerto vivem seus pesadelos
que jamais acordarão
então tomei toda dor do mundo
depois não senti nada
fui anestesiado
agora sou fantasma