Faziam 18 graus na cidade da
garoa, no dia 8 de Janeiro de 2015 e a correria cotidiana dos paulistanos
impulsionava o coração da metrópole, pessoas comuns tomavam seus cafés
expressos, apanhavam seus guarda-chuvas e encaravam o transito ou metrô de cada
dia.
Este dia havia começado como qualquer outro, mas mal sabiam os paulistanos que toda a cidade iria virar de ponta cabeça aproximadamente às 18 horas da tarde, horário de pico em todas as vias de transporte.
A indústria farmacêutica havia se
tornado mais influente do que nunca, e como a história nos conta, no mundo
cientifico nem tudo é seguro, nem todo risco é calculável e nem todos sobrevivem
aos acidentes, muitos foram os pioneiros abatidos por sua coragem e o dia 8 de
Janeiro não iria ser diferente.
Uma pesquisa de mais de 8 anos
estava em andamento no laboratório
privado no centro da cidade. O vírus em estudo já havia demonstrado
resultados assustadores nos ratos testados, canibalismo e descontrole agressivo
eram alguns dos sintomas.
Ninguém sabe ao certo como o acidente
ocorreu, mas como já diziam “pras coisas darem errado é 2 minutos”, um dos estagiários
que trabalhava no laboratório estava indo para casa quando começou a sentir uma
irritante dor de cabeça e um zumbido no ouvido, um pesquisador mais experiente
teria desconfiado, mas o estagiário seguiu seu caminho até o metrô.
O estagiário desmaiou na
plataforma a espera do metrô, foi acudido por uma mulher de meia idade que foi
a segunda vitima do vírus. O primeiro zumbi a atacou com toda sua fúria, todos
em volta que já haviam jogado diversos jogos e assistido muitos filmes sobre o
assunto, fugiram gritando e avisando os outros usuários que estavam todos em
perigo.
A correria caótica foi filmada
por celulares e câmeras e logo o mundo inteiro estava ciente do ocorrido, uma
senhora e uma criança morreram pisoteadas pelo implacável medo humano.
Um grupo de civis que estavam no local e
faziam parte de uma torcida organizada do time do Corinthians, decidiram
intervir ali mesmo e atacaram o estagiário Zumbi e vitima de meia idade sem
piedade com uma vantagem numérica de 18 indivíduos.
Os corpos das vitimas ficaram irreconhecíveis,
pois os agressores atiraram os corpos em frente ao trem que chegava à estação.
Neste momento a mídia estava fazendo
o que faz melhor, impressionando e amedrontando a população declarando que não se
sabia quantas pessoas haviam sido infectadas, mas estimavam a cada 5 minutos
que o numero deveria estar maior e o caos se aproximava, mal sabiam eles que o
caos já havia sido iniciado e não tinha hora pra acabar.
No final do dia aproximadamente às
22 horas foi relevado ao publico e ao mundo, que os únicos infectados haviam sido
mortos, todos os usuários do metro e os envolvidos com a pesquisa foram
testados e não haviam contraído o vírus.
Os pesquisadores explicaram que
mesmo que a situação tivesse fugido do controle, eles já haviam desenvolvido um
antidoto.
Quando finalmente a poeira
abaixou, já haviam ocorrido milhares de suicídios, estupros e assassinatos de
chefes e sogras, São Paulo engoliu o prejuízo e voltou a viver com a pressa e o
medo da boa e velha violência cotidiana.